ESTOCOLMO. O QUE VIMOS E FIZEMOS


Chegamos a Suécia no final de março, pegando ainda o final do inverno com um frio daqueles. Saímos de Oslo pela Nowergian  em direção ao aeroporto de Arlanda, o principal de Estocolmo. O que você acha de ser bem recebido pelo grupo Abba ou pelo tenista Bjorn Borg? Pois é, para pegar suas malas é obrigatório ficar nessa simpática sala com todos os principais ídolos suecos.
A Suécia é o quinto maior país da Europa e uma pequena parte de seu território localiza-se no Círculo Polar Ártico. É uma terra rica em montanhas, lagos e muitas ilhas. A moeda local é a Coroa Sueca e equivale a R$ 2,00. Assim como seus vizinhos, os suecos também tiveram a era dos Vikings (800-1060 d.c.), o que pode ser notado com bastante facilidade em todas as partes de sua linda capital, seja nos costumes, nos muitos museus ou em simples souvenirs.



O Aeroporto de Arlanda fica a 40 km do centro de Estocolmo e o transporte pode ser realizado por ônibus, táxi ou pelo trem expresso (Arlandaexpress), que é simplesmente sensacional. O ticket é comprado nas máquinas amarelinhas espalhadas pelo aeroporto e  a quantidade de tickets depende do tempo que você pretende ficar na cidade. O ticket para um trecho custa 260 SEK.
Gasta-se 20 minutos até o centro, os trens são limpíssimos e saem no horário. Encontramos vários viajantes  como nós e muitos estudantes, inclusive brasileiros. O trem foi até a Estação Central e de lá fomos de táxi ao hotel. Todas as atrações da cidade podem ser visitadas por metrô, ônibus ou em ferrys. Os passes dão acesso, além dos transportes, a mais de setenta museus e muitas outras atrações.


Através do Booking , garimpamos uma boa diária no Hotel Hilton, de ótima qualidade e localizado entre o bairro de Sodermalm e a Cidade Velha, com vista para o lago Malaren e a Câmara Municipal. Com esta vista do hotel, não tivemos dúvidas: é a cidade mais linda da Escandinávia e uma das melhores do mundo para se conhecer. Seus prédios antigos e bem conservados, com suas torres pontiagudas, os vagões de metrô e os barcos circulando por vários pontos da cidade. Tínhamos que conhecer tudo isso e iniciamos nossa caminhada pela Cidade Velha: a jóia da coroa.


A principal atração de Estocolmo é a Cidade Velha (Gamla Stan), localizada bem próxima ao nosso hotel. É considerada a genuína Estocolmo. Suas ruas estreitas, seus pequenos prédios do século XVII, muitos turistas, lojas de souvenirs e um clima muito romântico em seus vários e bonitos restaurantes, fazem com que esta caminhada seja longa e sem pressa. É um bom lugar para refeições tranquilas. Alguns restaurantes oferecem o smorgasbord, em que se pode comer a vontade por um preço fixo.


Seguindo pela Cidade Velha, chegamos ao Palácio Real (Kungliga Slottet). Construído no século XVIII, substituiu o antigo palácio, destruído por um incêndio.
O palácio tem características italianas na parte externa e francesas em seu interior. Hoje, não é mais a  residência Real, porém, é aberto à visitação e o maior destaque são os aposentos reais . O palácio possui ainda dois museus: o Museu de Antiguidade de Gustavo III e o Museu Tre Kronor. A troca de guardas é bem legal de ser vista.



Diversas pontes ligam as várias ilhas desta linda cidade. Uma boa pedida é ficar parado vendo o movimento das pessoas e tirar boas fotos das fontes e dos bonitos prédios no centro da cidade.
O Historiska Museet  abaixo, foi inaugurado em 1943 e guarda relíquias da Era Viking e coleções da Idade Média.



Chegamos onde tudo acontece na cidade: artistas de rua, pessoas bonitas passeando, conversando ou simplesmente sentados na escadaria da Sergel Torg, uma das principais praças de Estocolmo. Localizada no coração da cidade, ela é rebaixada no centro e ao redor existem vários prédios comerciais, shoppings e pontos de metrô. É um bom local para fazer pequenas refeições a preços não muito caros (normalmente,  aqui é tudo muito caro).


Como tínhamos poucos dias em Estocolmo, acordamos bem cedo e com o termômetro negativo, resolvemos conhecer o museu mais popular da cidade: o Vasamusset ou museu Vasa  . Após uma pequena caminhada, pegamos um pequeno ferryboat e cruzamos o canal Strommen. É uma grande oportunidade para fazer as fotos mais bonitas da cidade. São prédios, museus, castelos, pequenas ilhas, veleiros, aves, tudo bem próximo às melhores lentes. Nosso destino é Djurgarden mas, assim como nos ônibus, o ferry vai parando em charmosas estações cheias de barcos onde moradores estão indo e vindo para o trabalho. Quem tiver um pouco mais de tempo, pode conhecer o também famoso Nationalmuseum   localizado neste mesmo canal.





Após a agradável travessia, chegamos ao Museu Vasa. Esse é um museu único, pois foi feito para abrigar uma única obra: o galeão de guerra Vasa. Essa embarcação foi construída por ordem do Rei Gustavo II Adolfo, o Leão do Norte, daí a figura do leão na proa do navio. Chegamos cedo demais e o museu ainda estava fechado, então fomos conhecer os arredores e passeamos neste lindo e congelado parque abaixo. Quando o museu abriu, o que também chamou a atenção, foi o número de crianças acompanhadas pelos seus professores, afinal, era um final de semana.



Quando se entra no museu, existe uma pequena sala onde podemos conhecer toda a história, desde a construção até o resgate deste famoso galeão. A embarcação possui cerca de 700 figuras esculpidas. Podemos conhecer todos os aposentos do navio em tamanho natural, as roupas, sapatos e vários objetos recuperados do navio. Os homens que trabalharam na história deste galeão, são mostrados em tamanho real e com características físicas que realmente impressionam. O galeão Vasa afundou no porto de Estocolmo ainda em sua viagem inaugural e foi resgatado em 1961, após 330 anos no fundo do mar. Uma vitória da tecnologia para a alegria dos turistas.
Outros dois navios históricos estão ancorados no cais do Vasamuseet: o barco-farol Finngrundet e o navio quebra-gelo Sankt Erik. Vale uma visita.




Após uma boa caminhada atravessando pontes, admirando a arquitetura da cidade e correndo do frio, chegamos ao maior projeto do seculo 20 na Suécia: a prefeitura (Stadshuset). Projetada por Ragnar Ostberg, o edifício combina os estilos gótico e italiano. No salão Azul (que na verdade é vermelho) é realizada a cerimônia do Prêmio Nobel. Apenas o Prêmio Nobel da Paz não é entregue aqui e sim em Oslo. No topo da torre de 106 m encontram-se as  Três Coroas, símbolo escandinavo. O trajeto também pode ser feito através do ônibus 69 que parte do centro. A visita guiada dura 45 minutos e pode ser feita em inglês.



Deixamos Estocolmo certos de voltar algum dia porque, apesar de cara, é uma cidade linda e que deixa o visitante com vontade de retornar. Imperdível.

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