CONHECENDO KIEV. O QUE VIMOS E ACHAMOS



Uma carimbada no passaporte e pronto, estávamos fora de Riga. Próximo destino: Kiev, a cidade das cúpulas douradas. Antiga república Russa, capital da Ucrânia, importante centro financeiro e cultural e uma das cidades mais antigas da Europa. Há muitos outros predicados que descrevem o local, assunto para um post inteiro, de verdade!
Chegamos no inverno de 2013, tempo chuvoso,  frio e responsável por dias curtos. A entrada foi através do Aeroporto Internacional de Boryspil, localizado a 30 km de Kiev. Não é necessário visto para os brasileiros. Importante levar consigo o endereço do hotel, seguro saúde, passagem de volta e, obviamente, o passaporte válido. Logo ao sair no desembarque, à esquerda, existem duas casas de câmbio. Troquem a moeda lá. Troquei Euro por Hryvnia(Hr), na proporção de 1/10. É importante andar com moeda local, pois o euro e cartão de crédito em muitos locais não são aceitos.
Existem táxis credenciados e até o centro, pagamos 250 Hr, acertados previamente. Reservamos o Hotel Khreschatyk pelo booking.com, ainda no Brasil. Um hotel de bom padrão, onde a localização é sua melhor qualidade. Está na Khreschatyk Str, 14. A avenida mais famosa e movimentada da cidade.



Bem próximo da Praça da Independência e das principais atracões turísticas. Deixamos nossas malas e fomos passear. Em nosso primeiro passeio pela cidade, ficamos apenas na área próxima ao hotel. Era noite e um desfile militar iria acontecer. Estava curioso para ver. Tudo que víamos na televisão na guerra fria, estava passando em frente a nossa calçada. Caminhões, tanques de guerra, foguetes e desfile militar.





Embora seja uma grande metrópole, os pontos mais interessantes  ficam próximos e em pequenas distâncias, existem totens explicativos na língua local (cyrilico) e disponível também em inglês. Embora desconfiados, as pessoas não se negam a prestar informações. Aqui se fala pouco em inglês. Mas preparem-se para andar. A área em amarelo, em destaque, leva ao estadio de futebol do Dinamo, importante time local e da Europa e foi nessa direção que comecei a caminhada.



Passamos pela casa da Ucrânia, Museu da Água e, como estávamos em um grande parque no alto da colina, a vista da cidade embaixo é muito bonita, onde era destaque uma pequena igreja com cúpulas douradas e o rio Dnipro.

Arc of friendship





















Continuando o passeio até o estadio, passamos por um parque bem curioso, onde um gigantesco sapo convidava para hidratar-se um pouco. Depois, chegamos ao que imagino ser uma pracinha dos românticos e enamorados. Há uma ponte bem curiosa onde aqueles, habitualmente, deixam um cadeado com um pedido ou uma promessa de amor. Bem legal.








E, finalmente, chegamos ao Estadio  do Dinamo, por sinal bem modesto. Foi apenas para fazer umas fotos e voltar ao ponto inicial, em busca das igrejas maiores e mais bonitas, a principal atracão da cidade.



Retornando, ao lado direito do Centro de Convenções (abaixo) e subindo uma pequena ladeira (uma constante aqui), as belas igrejas começavam a surgir.






Seguindo para a parte alta da cidade, chegaremos ao centro histórico e administrativo da capital e lá encontraremos o lindo Mosteiro de São Miguel das Cúpulas Douradas. Homenagem ao arcanjo Miguel, padroeiro e protetor de Kiev. Destruído pelos soviéticos na década de 30, foi reconstruído após a independência da Ucrânia. A maior parte dos mosaicos antigos foram para museus na Rússia, embora em 2004 os afrescos que estavam no Hermitage foram devolvidos a Ucrânia.
 O mosteiro se divide entre a Catedral, o Refeitório de São João, a Porta Econômica e o Campanário. O mosteiro era considerado um claustro da familia Svyatopolk e suas cúpulas douradas foram as primeiras do principado de Kiev. A catedral é a principal igreja do mosteiro. Tem estilo predominante bizantino (interior) e barroco (exterior). Foram acrescidos mais seis cúpulas douradas à única existente anteriormente. 














O brilho das cúpulas  realmente impressiona. É um bom local para parar , descansar um pouco e ficar admirando o lugar.










Caminhando e sempre subindo, chegamos a Igreja de Santo Andre, no topo da colina Andriyivska no bairro Podil. Suas cores impressionam também. Azul,verde e dourado. Uma mistura estranha, mas que ficou bonita, principalmente a cúpula. Daqui do alto, se tem uma boa vista do rio Dnipro.





Aqui existe uma sequência de barraquinhas para os turistas, com opções para a compra de souvenirs locais. Tem de tudo que se possa imaginar relacionado com a Ucrânia, desde chapéu, bonecas e, claro, os imãs. Comprei mais um para coleção, claro. Finalmente, iniciamos a descida para novos monumentos.




Sentimento nacionalista sempre presente. As bandeirinhas azul e amarela nas janelas são uma constante. As casas não possuem beleza. Muito comércio local e muita gente na rua. Trânsito complicado. Não aconselho alugar carro aqui.




Depois de uma curta caminhada, chegamos à Catedral de Santa Sofia, uma homenagem a Hagia Sofia, de Istambul. Considerado Patrimônio Mundial da Unesco.

Praça de St Sofhia e, ao fundo, o Mosteiro de São Miguel e suas cúpulas douradas.



A catedral levou vinte anos para sua construção. Sua planta tem 5 naves, 5 absides e 13 cúpulas. Os afrescos e mosaicos são do século XI. A grande cúpula dourada central e as doze cúpulas representam Cristo e os doze apóstolos.




Deste ponto se retorna à Praça da Independência, onde estava  localizado o nosso hotel.
Praça da Independência ou simplesmente Maidan. Desde 1990, quando se iniciou a independência da antiga União Soviética, as manifestações de qualquer ordem, são realizadas aqui. É um imenso quadrado onde se encontra de tudo. Pessoas  vestidas a caráter (militar), lá estavam posando para foto. Ambulantes vendendo produtos sem qualidade também são freqüentes aqui. O maior shopping (The Globe) encontra-se aqui e não deixa a desejar ao restante da Europa. Marcante são os imensos prédios da época Russa ao longo de toda praça.  Quadradões, cinzas, mas que combinam no ambiente.











Muito comum encontrar pessoas cantando músicas  da região ou vendendo produtos típicos, principalmente próximo às entradas do metrô que, por sinal, não utilizamos. Lojinhas de doces são comuns aqui. Olha os muffins abaixo. Prove a famosa sopa de beterraba ( borscht).




A noite também é movimentada próximo à Praça da Independência. Pessoas elegantes, em carro com motorista e segurança encontramos aqui, mas não é o habitual. As lojas de grife estão aqui.









Um dos passeios opcionais oferecidos nos hotéis é para visitar a antiga usina nuclear de Chernobyl, a  130 km ao norte. Não fiz porque não deu tempo. Um post bem legal foi escrito pela Adriana Miller ( drieverywhere.net). Interessados, vale passar lá.
A importante e gigantesca estátua da Mãe Pátria (102m) fica no caminho do aeroporto de Boryspol. Não paramos, apenas passamos no local.
Escrevo esse post com um sentimento de aflição, pois três dias após nossa saída de Kiev, conflitos sangrentos entre a população foram constantes na Praça da Independência e se arrastou por toda Ucrânia. Esse país que luta pela consolidação de sua autonomia, vive momentos de tensão e conflitos. No momento, não é o lugar mais seguro para se visistar. Fica a lembrança.





















































































































































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