VISITANDO O MONTE ETNA, SICÍLIA. O QUE ACHAMOS.




Um dos grandes programas  no mundo das viagens é conhecer o famoso Monte Etna na Sicília. O fascínio não é por menos. É o vulcão mais alto (3.370m) e ativo da Europa. Os romanos o consideravam a oficina de Vulcano, o deus do fogo. É Patrimonio Mundial da UNESCO, em 2013.
Saímos de Palermo ainda na madrugada, às 4:30h, obviamente, ainda escuro . Ajustei o waze e segui viagem. Estrada boa, bem sinalizada, muito tranqüila e sem pedágio. Sao 254 km, algo em torno de três horas e meia de viagem. Seguimos pela A19 e E932.



Google Maps


Inevitável o encantamento quando o sol nascendo, próximo a Catânia, avistamos o que antes só conhecia pelos livros de história. O vulcão Etna estava ali, no final da estrada. Bom, pelo menos foi o que pensei na hora, porque depois descobri que tinha muita estrada pela frente. Não foi necessário entrar na Catânia, existe estrada específica para o Monte.
O caminho é tortuoso e com trânsito lento, sempre subindo. As paisagens vão mudando, as plantas  diminuindo e a presenca de lava começa a aparecer.


Uma casa soterrada pela erupção do vulcão Etna é impactante. Parei ao lado só para admirar a forca da natureza.



Chegamos muito cedo ao estacionamento base para exploração do Monte Etna. O tempo estava claro, e ventava forte e isso colaborou para que pudéssemos conhecer com tranqüilidade a área que existe na base do vulcão principal. Ao contrário de muitos vulcões, há várias crateras em níveis e lados diferentes, algumas proibidas para visitação. A Cratera Silvestri é de fácil visitação, inclusive a pé mesmo. Está em um nível considerado baixo. O vulcão não é mais ativo.
A estrutura do Refugio Sapienza (1.920m) é completa e dispõe de estacionamento, hotéis, lanchonetes e um funicular, utilizado para subir o monte.






Refúgio base (1920 m)

Não obstante, estávamos na fila do primeiro grupo a subir o monte, mas o vento não estava a favor e a subida ficaria muito perigosa. A primeira subida seria as 9:00 horas e a ultima as16:45. Veja horários e ticket aqui. A opção foi usar o caminhão, que mais parecia aqueles transportes para andar na lua. O fato, é que não haveria outra opção, ou teríamos que aguardar o tempo melhorar.  Optamos por prosseguir. A experiência foi muito curiosa. A medida que subíamos, a vegetação já não existia mais, a lava, endurecida, estava presentes em todo o percurso. O abismo, ao lado e a névoa  e o cheiro forte estavam mais presente. A vista lá de cima é deslumbrante. O mar, o horizonte, a cidade. 

                              

     

Finalmente chegamos ao ponto intermediário, onde acaba o funicular (2500 m). Um espaço para lanchar, descansar e comprar algumas lembrancinhas. Aqui a paisagem estava completamente envolta em uma névoa forte que emanava do vulcão e, nesse ponto, a visibilidade já era bem diminuída. Uma parte do grupo seguiu ao topo após verificação do ticket. A partir deste ponto, começam as cratera altas, as "Crateri Sommitali". Para chegar ao topo (3.300m), é necessário de um pouco de sorte, por conta da intensa atividade do vulcão. Fiquei nesse espaço por pelo menos uma hora, admirando o local e é inevitável não pensar nos desastres naturais.





Descemos no caminhão, pois até então, o tempo não estava ajudando. Ficamos receosos com o tempo e a vontade de subir a cratera central não se materializou. Os grupos que seguiram um pouco mais tarde, foram mais felizes com o tempo.
Viajamos em setembro de 2016. Pouco tempo depois, uma erupção inesperada feriu um grupo de turistas na região onde estávamos. São os mistérios da natureza.
Gastamos um dia de viagem para fazer todo esse percurso, partindo e retornando para Palermo, é muito cansativo. Acredito que o ideal seja fazer esse roteiro partindo de Taormina ou Catânia.
Incluam no roteiro a Sicília. Maravilhoso o passeio.

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