O METRÔ DE MOSCOU






Ficamos quatro dias em Moscou e tínhamos que andar de metrô para chegar e sair de nosso hotel , ir até a Praça Vermelha , Kremlin e arredores. Moscou é uma metrópole com aproximadamente quinze milhões de habitantes e pelo metrô transitam simplesmente oito milhões de pessoas por dia. Isso mesmo, é um movimento frenético de pessoas indo e vindo do trabalho ou simplesmente turistas com suas máquinas, olhando para o teto ou para os lados, apreciando tamanha beleza. O metrô é um orgulho para os Russos.
Você seria capaz de decifrar esta placa no metrô? Pois é, nos lugares turísticos você ainda encontra algumas informações em inglês, porem, nos metrôs apenas em cirílico, que é muito complicado e indecifrável.




Os metrôs foram criados na época de Stálin, em 1935. A opulência, a extravagância e o luxo já vinham desta época. Com o passar do tempo e dos governos, os estilos de decoração mudaram, passaram a ser até um pouco mais simples, porem, sempre procurando retratar a história da União Soviética.
O metrô possui 305 km extensão, 185 estações e 12 linhas . O bilhete custa o equivalente a 50 centavos de dólar e você pode circular por todas as linhas se assim desejar. Funcionam das 5:30h da manha as 1:30h da madrugada e nos horários semanais o intervalo entre os trens é de apenas  noventa segundos.




Comprar o bilhete (nas"kassas") não foi difícil, mas entender o sentido das estações foi mais complicado. Os Russos raramente falam inglês e são muito reservados com turistas para informações. Nas plataformas e nos trens, o sentido é sempre a estação final, então, para qualquer lugar que deseje ir, observe a última estação. Para "decorar" as estações, procuramos memorizar as quatro primeiras letras de cada estação. No final, ajudou bastante. As linhas são representadas por diferentes cores, o que ajuda muito. Andar sempre com seu mapa é essencial.
Ficamos hospedados no hotel Cosmos, um pouco afastado do centro da cidade. Nossa estação de metrô estava a uns duzentos  metros do hotel e denominava-se VDNKh. Para nossa surpressa é a estação mais profunda de toda a rede e  gasta-se dois minutos e quinze segundos para subir a escada rolante, o que representa uma eternidade. A estrutura do metrô consiste em um corredor central e os trens trafegam pelos lados. Os vagões são antigos, porem limpos e eficientes.





Quando descemos ,a impressão é de que você esta em um grande museu. São muitos detalhes em decoração, muitos vitrais, quadros, monumentos ,cores, homenagens retratadas em granito e mármore ou simplesmente azulejos nas paredes sem muito brilho ou cor.




A estação de Novoslobodskaya com seus trinta e dois paineis de vidros coloridos, é uma das mais bonitas. Cada estação tem sua peculiaridade: a estação Komsomolskaya é a única onde existe mezanino, é a maior estação além de  retratar a história Russa. A Mayakovskaya é uma das preferidas pelos Russos, enquanto a Baumanskaya (acima) presta uma homenagem a Revolução Bolcheviques com um painel de mármore. Por se encontrar na região do Kremlin, as estações Plochad Revolvtsi e a Teatralnaya foram as que mais freqüentamos.
Algumas vezes fomos ao Shopping Gum    na Praça Vermelha, um prédio lindo do século XIX e onde podemos chegar atraves do metrô Tverskaya. É uma boa referência, por ser o mais importante shopping da cidade e de onde se tem acesso ao Kremlin e arredores. Local ideal para um bom lanche antes de voltar para o hotel.









Sem dúvida, tudo foi feito para impressionar. Mesmo que às vezes o gosto seja duvidoso, a história da Rússia, contada através de suas estações de metrô, são orgulho para esse povo e devem ser visitadas, mesmo quando se tem pouco tempo ou não se entenda nada de cirílico.

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