O SELO E O SONHO.

Há quarenta anos resolvi colecionar selos. Mais um lazer em uma época, que correr na rua descalço ou jogar bola com os amigos, era o programa mais comum. Mas sempre fui sonhador e, conhecer os países apresentados naqueles pedacinhos de papel, me encantavam demais, mas sabia que meus sonhos, de tão distantes, seriam impossíveis. O pior, é que eu gostava dos lugares longínquos, quanto mais distantes, melhor. Em minha cidade existia uma pequena loja, bem perto do Teatro Deodoro, no centro da cidade de Maceió. Lá também se vendia peixinhos de aquário, mas minha paixão eram os selos. Morava distante, mas sempre passava por lá, para saber as novidades dos pequenos papeis.
Meu primeiro selo foi  do Nepal e logo me encantei. Katmandu, a capital, pesquisei assim que cheguei em casa. Uma vez que decidimos colecioná-los, temos que saber a história, conhecer sua geografia, sua política, a vida do povo, do contrário, não passa de um pedaço de papel.


O tempo foi passando e, após a graduação, pude finalmente concretizar esses sonhos. Eu alcançara o mundo, antes  inatingível. Comecei a conhecer lugares e pessoas incríveis, até programarmos o roteiro do meu tão sonhado destino, o Nepal.
Em 2018, em uma viagem a Ásia, o colocamos como prioridade no programa. Sem dúvida, um lugar mágico e exótico, voltado para espiritualidade.
Levei meu selo junto, como uma espécie de amuleto. Não abrir mão dos seus sonhos é um dos grandes segredos da vida em sua plenitude.


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