UMA PARADA DE CRUZEIRO EM ST MARTIN. O QUE FIZEMOS.


Que tal conhecer dois países em um só passeio? Compramos nosso pacote pela Transamerica Turismo, que incluía a visita a ilha de St Martin, que, geograficamente, compartilha dos territórios francês e holandês. Viajamos no MSC Seaside.
Aguardávamos com ansiedade essa parada. Chegamos ao lado holandês, em sua capital,  Philipsburg. Ao sair do navio seguimos direto a uma pequena área externa reservada a taxis e vans para passeios. A negociação é o mais importante, embora uma tabela de preços esteja disponível. Não alugamos o pacote do navio e nem carro (considero fazê-lo se o tempo na ilha for extenso). Reunimos dez pessoas e fomos de Van. A dúvida? Conhecer toda a ilha ou se limitar ao lado holandês? A vontade de ir a França imperou. Resolvemos, então, fazer um tour pela ilha inteira ou a maioria dela.
O mapa abaixo mostra os pontos relevantes para programar um passeio. 




Os passeios são  o Mountain Top Tour (3 horas), Island Highlight Tour (4 horas), All Day Tour (5 a 6 horas) e o City to City Tour ( 2 horas). Quanto mais pessoas, maior a redução nas taxas. A variação é de 120  a 30 dólares. Formar um grupo é uma boa idéia.
Alugamos uma van para fazer o city tour na ilha com algumas paradas para fotos.
A ilha é muito acidentada, com vegetação seca e muitas ladeiras. Reza a lenda, que franceses e holandeses decidiram (1817) a partilha, encenando uma marcha em sentidos contrários (sul e norte e vice versa), regados a muitas taças de vinho e gim em cada parada. Sonolento, o holandês parou para cochilar e o francês continuou. Quando se encontraram em Oyster Pond, a França tinha 10 km quadrados a mais. Vale até hoje.
A primeira parada foi uma das mais sonhadas. Ver aviões de grande porte descendo no Aeroporto Internacional Princesa Juliana, na incrível praia de Maho Bay.  A faixa de praia é pequena e fica próxima a cerca de proteção do aeroporto. Avisos de perigo estão espalhados na área, mas não parece desanimar quem chegou até aqui. Os aviões maiores normalmente chegam a ilha após as 11 horas. Ao lado do "Sunset Bar", tem uma placa com os horários dos vôos. Se programar com esses horários é essencial no passeio. Nossos filhos, Bruno e Alexandre, optaram por ficar aqui. Visualizar de maneira tão próxima grandes aeronaves, o barulho das turbinas, prometia e fez cumprir uma experiência única, mesmo para o mais velho, que é piloto. De ônibus, voltando ao porto, custa 9 dólares, o que torna essa opção mais barata, para quem deseja fazer apenas essa parte do passeio. 
A Simpson Bay Lagoon é imensa e está na divisa dos dois países. Além de linda, não esconde a triste história, quando fora devastada pelo furacão Irma, em 2017. Vimos muitos barcos destroçados, casas destruídas e hotéis fechados. Mas a ilha está se recuperando aos poucos.


Maho Beach
E assim, seguimos para o lado francês. Chegamos na "fronteira". Nada de fiscalização, apenas uma bandeira francesa e outra da União Européia. Passamos pela Baia Rouge e Baia Nettlé, locais de muita beleza natural, mas sem parar.



Chegamos a Marigot , a capital do lado francés . Ficamos próximos a linda baia, com muitos barcos e aos pés do famoso Fort Saint-Louis, construído  entre 1767 e 1789, acessível a uma pequena caminhada e que oferece uma bela vista da ilha. Vale a pena a visita. A feira  de Boulevard  de France é uma boa parada para pequenas compras, principalmente artesanato local. Observamos, nessa região, muita área destruída pelo furacão, mais até que o lado holandês .





Seguimos para a lindíssima Bikini Beach na Baia Oriental, a praia mais bonita do lado francês, segundo o guia, o que devo concordar. Fica em uma área de muitas casas de veraneio, bares e restaurantes para todos gosto. A água é verde, linda, possui boa faixa de areia e esportes náuticos são praticados nessa região, onde o vento forte favorece. Gostamos bastante. Bom local para apreciar as cervejas caribenhas.


Retornamos a Philipsburg, precisamente a Front Street , a rua das boas lojas, o centro histórico com seus prédios coloridos e muita história. Aqui se caminha pelo simples prazer de apreciar o local, todavia, fazer compras aqui trata-se de excelente oportunidade, afinal, a ilha está livre de impostos. A Courthouse, de 1793, merece uma paradinha para fotos. O calçadão da praia fica bem próximo e vale um bom tempo aqui. São vários barzinhos (tem Hard Rock Café) e uma praia muito bonita (Great Bay). Bom local para relaxar e deixar o tempo passar, se estiver disponível.


Courthouse


Great Bay



Foi chegando nossa hora e seguimos a pé para o Porto. Gostamos muito da ilha, apesar de o passeio ser bem corrido, o que já era esperado.  Para quem não gosta muito de passear, conhecer Maho Bay e ficar na área de Great Bay até voltar ao navio, é uma boa opção.
Com mais tempo e alugando um carro, aproveita-se mais. Mas isso vai ficar para outra oportunidade.

Comente com o Facebook:

Nenhum comentário:

Postar um comentário