Conhecer o Vietnã é uma experiência única. Hanói, sua capital desde 1954, significa a "Cidade da Curva do Rio". É a mais antiga capital do Sudeste Asiático e foi fundada pelo imperador Ly Thai To, em 1010. Chegamos no final da tarde, viajando com a Transamerica Turismo em seu roteiro do "Sudeste Asiático", o qual indicamos. O que nos chamou atenção de imediato foi o grande número de motos na cidade. Impressionante. Afinal, são mais de cinco milhões de motos para uma população de quase oito milhões de habitantes. Seguimos direto para nosso hotel, o The Ann Hanói Hotel. Um bom hotel e de ótima localização, perto de restaurantes e para uma boa caminhada ao centro da cidade.
Nossa primeira atração, ainda no primeiro dia, foi um show típico de fantoches sobre a água. Uma tradicional arte vietnamita, também conhecida como Roi Nuoc. Acredita-se que essa arte tenha mais de mil anos e é originaria do Delta do Rio Vermelho. A história mostra a cultura vietnamita, com a presença de pastoril, representado por guerreiros, através dos fantoches de madeira que flutuam na água. É bem interessante.
Um passeio a pé ao centro da cidade velha é imperdível. O comércio local é muito diverso, com bons produtos. Sempre interessante lembrar que o Vietnã é um grande exportador de camisas, tênis, bolsas etc. Vale garimpar bons produtos (são bem baratos). Tem muito artesanato e vale também comprar uma lembrancinha. Caminhar pela calcada pode ser uma grande aventura, porque fazer refeição na calcada é típico e divertido ali. São as street foods. Sentar em uma de suas dezenas de mesinhas é um excelente programa. O menu pode ser solicitado ou já ficam expostos. Bom local para uma refeição rápida. Shoppings modernos fazem contraste com o antigo .
No coração de Hanói fica o bonito Lago Hoan Kiem. Conta a lenda, que no início do século XV, durante a ocupação Ming, o general Le Loi ganhou de presente uma espada mágica de uma tartaruga divina, dourada, que vivia nas águas do lago. Com a ajuda da espada, o general expulsou os chineses de Than Long, a atual Hanói. Um tempo depois, ao passear no lago, a tartaruga surge e pede a espada de volta. Desde então, o lago ficou conhecido como Ho Hoan Kiem, ou Lago da Espada Restituída. Passear aqui é imperdível.
A Casa e Mausoléu de Ho Chi Minh é uma ótima visita. Longas e organizadas filas nos esperavam. O Mausoléu cinza impressiona pela beleza e opulência. Contrariando seu desejo de ser cremado após sua morte, os vietnamitas alteraram seu testamento, o embalsamaram e o colocaram no mausoléu, em 1975. Fotos no seu interior são proibidas, apenas da área externa. A casa de Ho Chi Minh é bem simples, de madeira e em uma grande área verde. Visitamos o quarto, o escritório com seus pertences originais e seus carros.
Quem era Ho Chi Minh? Foi o principal líder por trás da independência do Vietnã. Ele saiu do Vietnã em 1911, para viajar pelo mundo. Seu nome de batismo era Nguyen Tat Thanh. Influenciado por ideologias socialistas, fundou organizações comunistas em Paris, Moscou e China. Voltou ao Vietnã em 1941, onde adotou o nome Ho Chi Minh (Aquele que Ilumina). Participou de longas lutas contra franceses e americanos. Seu maior legado, foi a independência do país.
Visitamos o Templo da Literatura, o mais antigo e o mais bonito complexo arquitetônico de Hanói, também chamado Van Mieu. Surgiu em 1070, na Dinastia Ly (1009-1225). Foi fundado para homenagear o filósofo chinês Confúcio e foi inspirado no templo da cidade chinesa de Qufu. O espaço é gigante mesmo. Visitamos a sala de música, o Altar de Confúcio, entre outras atrações. Foi muito bom.
Fomos bem rapidinho ao Museu Ho Chi Minh. Nesse museu de fachada branca e bem simples, são registradas as façanhas e a vida do líder revolucionário. Vale uma passada aqui.
Visitamos o famoso Pagode de Um Pilar. Conhecido como um dos símbolos de Hanói, o Chua Mot Cot foi erguido pelo imperador Ly Thai Tong, em 1049. Esse pagode de madeira foi erguido sobre um único pilar de pedra. Segundo a lenda, o rei, que não tinha nenhum filho, teve um sonho em que recebia a visita de Quan Am, deusa da misericórdia. Ela estava sentada em uma flor de lótus e o presenteava com um bebê menino. Logo depois, ele se casou e a jovem rainha lhe deu um filho. Em sinal de gratidão, o imperador ordenou a construção do pilar.
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