A primeira capital de Sergipe é encantadora e tem muita história para contar. De Aracajú para São Cristóvão, são 23 km pela BR 349, no sentido Salvador. Bem perto e vale o programa. É a quarta cidade mais antiga do país. Possui 434 anos e foi fundada pelo capitão português Cristóvão de Barros. A necessidade de uma capital próxima ao mar para fazer escoamento da safra de açúcar, fez surgir a atual Aracajú (17/03/1855), embora o porto atual seja bem distante da capital.
São Cristóvão possui influência portuguesa e espanhola, porque, à época, Portugal estava sob domínio do Rei Felipe II, da Espanha. A herança portuguesa pode ser notada assim que se chega na cidade. A Cidade Alta, onde ficava o poder civil e religioso e a Cidade Baixa, onde estava o porto, as fábricas e a população de baixa renda. A influência espanhola é observada nos traços da arquitetura e urbanismo da Praça São Francisco. A Praça incorpora o conceito hispânico de Plaza Mayor, comum em muitas colônias espanholas. Foi eleita pela Unesco, Patrimônio Cultural da Humanidade.
O primeiro acesso de quem chega é justamente a Praça São Francisco. Tem local para estacionar carro sem problemas. Aliás, o passeio pelo centro histórico pode ser realizado a pé ou de carro. Como destaque, temos a Igreja e Convento de São Francisco (1693). Fazer essa visita com guia é a melhor opção e , naturalmente, a escolhemos. O Museu de Arte Sacra está no interior do antigo convento de São Francisco e seu acervo é considerado o terceiro do Brasil. São muitas peças de valor histórico inestimável. .
Aqui, a Igreja de Nossa Senhora da Visitação, datada de 1960. A Prefeitura de São Cristóvão (séc. XVIII) e Museu Histórico, antigo Palácio da Província, até 1855. É o museu mais antigo do estado e conta a história de Sergipe. Também oferece opção de visita guiada. Em destaque também, o Palácio da Assembléia e outros casarões, construídos entre o séc. XVIII e XIX.
Localizado na Praça do Carmo está o Conjunto Arquitetônico do Carmo. Aqui, encontra-se o Convento da Nossa Senhora do Carmo, a Igreja Conventual (Carmo Maior) e Igreja da Ordem Terceira (Carmo Pequeno). O conjunto em estilo barroco teve início no século XVII. Aqui a irmã Dulce iniciou sua vida religiosa, levando a fundação do Memorial Irmã Dulce.
A Igreja Nossa Senhora da Vitória está na Praça Matriz (1608). Bom local para uma boa caminhada por possuir muitas casas históricas e ser excelente para fotos. Temos também o Prédio de Balcão Corrido, de estilo colonial e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Outra alternativa de visitação seria a Igreja de Nossa Senhora do Amparo (Séc. XVIII).
Igreja Nossa Senhora do Rosario dos Homens Pretos, construída em1746, pela irmandade de negros devotos de Nossa Senhora do Rosário.
Não deixe de passar na Casa da Queijada. A queijadinha é uma receta criada pelos escravos na senzala há mais de 200 anos. A adaptação é o côco em substituição ao queijo. O que aliás, confere a este um sabor inigualável. É patrimônio imaterial de São Cristóvão e Sergipe. Não esqueça de degustar também os bricelets, uma iguaria (biscoitinhos) local bastante saborosa.
É um passeio muito rico que vale a pena realizar. Reserve quatro horas para tanto. Os museus não funcionam às segundas e as atrações ficam abertas até às 16h.Visite o site da Prefeitura e saiba mais detalhes culturais.
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